Com a crise que se aproxima (e já é realidade para muitas empresas), muitos procuram alternativas para lidar com o momento de restrição.
Para algumas empresas, cortar custos de produção, diminuir despesas e procurar novas fontes de receita é a prioridade número 1.
Outra forma de lidar com a crise, e tentar sobreviver, é buscando saídas com base no Direito.
Nesta categoria de soluções, há a possibilidade de recuperação de créditos tributários (impostos indevidamente pagos que podem ser recuperados) e a negociação das dívidas com os bancos.
Com relação a esta última alternativa, temos percebido uma dificuldade dos empresários, após o início da pandemia, de renegociar suas dívidas.
Em situações normais, conversar com o gerente é uma tarefa árdua, mas com jeitinho, sempre se consegue melhor as condições do empréstimo.
Agora, os bancos estão mais restritivos e inflexíveis na negociação.
Por que os bancos ficaram inflexíveis?
A concentração bancária no Brasil é tão grande, que os grandes bancos não se veem obrigados a ceder a qualquer tipo de contexto, nem mesmo a crise gerada pela pandemia.
Um relatório divulgado ontem (04/06/20), pelo Banco Central, mostra que os 5 maiores bancos do Brasil (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica e Santander) concentram mais de 80% dos depósitos e empréstimos.
Para a grande maioria das empresas, não há muito como fugir desses bancos, salvo, em alguns casos, o Banco Safra, que também aparece em 6º lugar, com uma participação menor.
Mas, isso quer dizer que ficou impossível negociar dívidas com bancos?
Ficou mais difícil, mas não impossível.
Há sempre estratégias que podem ser adotadas para que você esteja numa posição mais favorável e consiga um bom acordo com seu gerente.
É como num jogo de xadrez! Antes de atacar, posicione bem suas peças, que ficará mais fácil ganhar o jogo no final.
Se organize
O primeiro movimento do jogo é tentar reorganizar as finanças de sua empresa.
Ter dados concretos em mãos, relatórios que tragam algum tipo de projeção para o futuro, pode ajudar o gerente a te perceber com algum diferencial.
Lembre-se que o gerente não está proibido de negociar, ele apenas está restringindo os casos passíveis de negociação.
Uma empresa financeiramente organizada sempre passa uma impressão melhor.
Além disso, sabendo como estão suas finanças, fica mais fácil fazer uma proposta viável para o banco.
De nada adianta você fazer uma proposta, o banco renegociar, e no segundo ou terceiro mês você não consegue mais pagar.
Neste caso você cria um desgaste desnecessário, e as coisas vão ficando mais difíceis.
Isso se você conseguir negociar de novo!
Negociação profissional
Contar com um negociador profissional vai ajudar bastante.
O banco já te olha com outros olhos.
Até porque o banco sabe que, se não negociar com quem está preparado para uma briga, a coisa toda pode desandar para uma ação judicial.
Mesmo sendo advogado, e tendo nas ações judiciais uma das fontes de receitas do nosso escritório, sempre acreditei que só se deve socorrer no Poder Judiciário em último caso.
É mais caro, mais desgastante, mais demorado e, em alguns casos, nem resolve o problema da empresa.
Ou seja, só dá despesa!
Por isso, falo de um negociador profissional.
Não só para ter ao seu lado alguém que vai conseguir ser mais persuasivo na negociação com o gerente.
Acredito que – ainda mais importante – é contar com alguém que vai avaliar melhor o cenário da sua empresa e te munir com informações de mais qualidade, para tomada de qualquer tipo de decisão com relação ao banco.
Só dessa forma você deixa de enfrentar a crise que se aproxima (ou já chegou) de forma reativa, e assume uma postura ativa de negociar com o banco.
O que, certamente, te dá condições muito mais favoráveis de conseguir um acordo mais vantajoso para sua empresa, conseguindo o fôlego que você precisa para passar pelo aperto da pandemia do coronavírus.
Confira o vídeo de Márcio Vieira sobre negociação com bancos: entenda como o banco pensa!
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